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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Vitis vinifera L.


O género Vitis parece ter surgido na era Terciária, mais precisamente no período Paleocénico (Amaral, 2000). O mesmo autor indica que o fóssil mais antigo alguma vez encontrado é o de uma folha existente na Sorbonne, classificado como Vitis balbiana, com uma idade que lhe foi atribuída de 65 milhões de anos.
Muitos outros fosseis de folhas, sarmentos e grainhas das eras Terciária e Quaternária, têm sido encontrados na Europa, na América do Norte e até no Japão.
Como refere Magalhães (2008), a utilização do fruto da videira para consumo directo ou a sua transformação em vinho remontará a uns 10 mil anos, então pelos povos do Neolítico da Transcaucásia (actuais Uzbequistão, Afeganistão e Caxemira). Pela lenta migração dos povos daquela região asiática no sentido ocidental, trazendo consigo propágulos de videira, foram-na introduzindo gradualmente na Mesopotâmia, Geórgia e Palestina, Trácia, Síria, Fenícia, Grécia e Egipto.
A família das Vitáceas compreende 10 géneros de lianas tropicais, que inclui os subgéneros Muscadinia, representado por três espécies com 40 cromossomas, e Euvitis, de que se conhecem 60 espécies com 38 cromossomas (Bohm, 2007).
Segundo Blaich (2000) citado por Bohm (2007), a família das Vitáceas inclui cerca de 700 espécies, na maioria tropicais ou subtropicais, expontâneas na América, Ásia e África, mas em geral sem valor agronómico.
As espécies do género Vitis caracterizam-se por serem lianas sempre lenhosas, cujos sarmentos são providos de gavinhas (contrariamente por exemplo aos da “vinha virgem”, cuja fixação é feita por ventosas), sendo as inflorescências, tal como as gavinhas, oposifólias, com flores geralmente pentâmeras, hermafroditas ou polígamas dióicas (Magalhães, 2008).

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