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sábado, 24 de abril de 2010

EXPOVINIS BRASIL

Os Vinhos do Alentejo vão estar presentes na maior feira de vinhos da América Latina, num stand animado com provas comentadas, conversas sobre o vinho e 7 produtores:

Adega Coop. de Borba.
Herdade da Malhadinha Nova.
Herdade do Rocim.
Herdade dos Coteis.
Herdade dos Grous.
Monte Novo e Figueirinha.
Terras de Alter

Se puder visite no stand nº106

Programa Expovinis

Stand Vinhos do Alentejo

27 Abril

16h-17h Encontro Confraria dos Enófilos do Alentejo"Últimas safras do Alentejo acompanhadas por produtos regionais"
18h-18h30Herdade dos Grous Vinhos para momentos especiais com o enólogo Luís Duarte
19h30-20hHerdade da Malhadinha Nova Encorpados e complexos com o produtor Paulo Soares
21h-22hProva Alicante Bouschet Marcelo Copello

28 Abril

16h-16h30Monte Novo e Figueirinha Tintos Frutados com o produtor Filipe Cameirinha
17h30-18hAdega Cooperativa de Borba Brancos frescos e frutados com o enólogo Luís Gaspar
19h30-20hTerras de Alter Vinhos para o dia a dia com o produtor Rui Borges

29 Abril

16h-16h30Herdade do Rocim Lotes de castas autóctones com a produtora Catarina Vieira

Expovinis Brasil
Tuesday, April 27, 2010 at 10:00pm
São Paulo: Expo Center Norte - Pavilhão Vermelho

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Doenças da Vinha

Oidio da Videira (Uncinola necator)
Manifesta-se inicialmente pela presença de um micélio pulverulento e espesso de cor branca a amarelada sobre os órgãos verdes da videira. As folhas atacadas apresentam um aspecto crispado e dobram-se em goteira. Se se remover o micélio nota-se um rendilhado castanho, que evidencia a presença de haustórios (ramificação de micélio no interior dos órgãos verdes, para alimentação do fungo). Nos cachos, os ataques são mais severos: ficam cobertos por micélio espesso no qual se formam as cleistotecas visíveis a olho nu e os bagos podem fendilhar e/ou suberizar. Na altura da poda as varas apresentam uma cor branca com manchas castanhas típicas.

Mildio da Videira (Plasmopara viticola)
Ataca todos os órgãos verdes da videira. A doença manifesta-se nas folhas pelo aparecimento de manchas translúcidas e oleosas na página superior e de um enfeltrado de micélio branco nas zonas coincidentes com essas manchas, na página inferior. Em castas tintas as folhas tomam uma coloração avermelhada. À medida que a doença avança, as folhas acabam por necrosar. Durante a floração pode ocorrer a destruição das inflorescências. Nos cachos, os bagos e o ráquis evidenciam também a presença de micélio e de frutificações de cor branca, evoluindo para castanho e acabando por engeIhar, secar e quebrar ao mínimo contacto. Nos pâmpanos e sarmentos os ataques ocorrem precocemente e até antes do atempamento. Os tecidos afectados tomam uma coloração castanha, os pâmpanos curvam-se em forma de "S" e ficam cobertos de um enfeltrado de micélio banco.Os principais prejuízos resultam do ataque do fungo às inflorescências e aos bagos. A queda das folhas afecta o teor de açúcar das uvas e o atempamento das varas e a vitalidade das cepas. Os principais prejuízos resultam do ataque do fungo às inflorescências e aos bagos.

Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea)
As folhas atacadas apresentam manchas vermelho-acastanhadas,difusas e à periferia do limbo,com o aspecto de queimaduras. Com o tempo chuvoso ou de humidade elevada nessas manchas podem observar-se as frutificações do fungo.Os ataques em folhas raramente são graves.Nos pâmpanos os sintomas manifestam-se pela presença de manchas mais ou menos alongadas,de cor castanha e que com otempo húmido e chuvosoficam cobertas de micélio.Nas varas,no final do Verão as zonas atacadas ficam brancas e cobertas de formações negras,esclerotos do fungo.Estas varas atacadas ficam com a consitência branda. Estes sintomas são visíveis na altura da poda.Os cachos são sensíveis à doença em todas as fases do seu desenvolvimento.Durante a floração/alimpa a podridão cinzenta pode viver sobre os restos de polén e de caliptras causando problemas no vingamento. À medida que os bagos se desenvolvem o micélio pode permanecer latenteno seu interior e,logo que as condições climáticas sejam favoráveis surgem manchas castanhas cobertas pelo micélio acinzentado típico.



Escoriose (Phomopsis viticola)
Na Primavera este fungo é, facilmente, identificável pelo aparecimento de pequenas lesões negras, arredondadas ou lineares, mais ou menos profundas nos entrenós da base dos pâmpanos. As folhas e os cachos podem evidenciar também uma sintomatologia idêntica. Nas folhas observam-se pontuações negras com uma auréola amarela que podem ser confundidas com os sintomas da acariose. No Verão, após a evolução dessas lesões surgem necroses acastanhadas, estriadas ou fusiformes, mais ou menos profundas. No Outono e na época da poda é possível observar um esbranquiçamento cortical dos sarmentos a partir da base e a presença nessa zona de numerosos picnídios de cor negra. Os gomos basais morrem. A base dos sarmentos pode apresentar-se fendilhada.



Eutipiose (Eutypa lata)
A eutipiose desenvolve-se em ramos mortos, propagando-se o agente causal para videiras sãs, que apresentam diferente sensibilidade à doença.As cepas atacadas, na Primavera, aquando do abrolhamento dos jovens gomos e do desenvolvimento dos rebentos, apresentam um aspecto raquítico e entrenós uniformemente curtos. As folhas são de reduzida dimensão, deformadas, com necroses na margem que originam fendilhamento. A nível do lenho, origina uma necrose sectorial, em forma de V.


Esca (Stereum hirsutum)
Independentemente dos agentes causais, os sintomas originados são idênticos. A esca manifesta-se por sintomas primários e secundários. Assim, ao nível dos sintomas primários podem referir-se:- necroses à superfície dos ramos da cepa;- fendas longitudinais nos mesmos orgãos;- necroses internas que podem observar-se em corte transversal dos ramos e cepa, constituídos inicialmente por uma mancha escura que se estende a partir da medula e que, em fase mais avançada, adquire uma consistência esponjosa e de cor esbranquiçada na parte central, mantendo-se uma zona escura periférica separada da parte sã por uma linha negra.Relativamente aos sintomas secundários referem-se os seguintes:- manchas e necroses nas folhas, que podem ser confundidas com os estados de carência de magnésio, nas castas brancas, e com os de potássio ou com o avermelhamento de origem fisiológica, nas castas tintas;- pequenas manchas escuras bordejadas de anel castanho-púrpura nos bagos;- redução progressiva da vegetação e rebentação.


Dados Culturais da Vinha

Ciclo cultural
Planta arbórea, plantada com densidades de 1000 a 10000 pés/ha. Produtividade de 5 a 30 t/ha, consoante as condições edafo-climáticas, técnicas culturais e finalidade da produção (vinho ou uva de mesa).
Sistema radicular
As raízes superficiais localizam-se principalmente entre os 10 e os 30 cm, podendo alcançar distancias de 3 m, e a raiz principal pode atingir profundidades de 3-4 m.
Temperaturas
Adaptação a uma larga escala de temperaturas, de 15 ºC negativos durante o repouso vegetativo até 40 ºC. O desenvolvimento vegetativo anual inicia-se aos 10-11 ºC. Em climas temperados obtêm-se uvas ricas em ácidos orgânicos e teores moderados de açucares, e em climas quentes e de grande luminosidade, produzem-se uvas com características opostas.
Solos
Com a utilização de diversos porta-enxertos, a vinha tem uma boa adaptação a diversos tipos de solos, inclusivamente os que têm percentagens elevadas de calcário. pH de 5.0 a 7.0. Planta tolerante aos sais do solo (salinidade máxima de 4 a 8 mS/cm).

Estados Fenológicos da Vinha

A - Gomo de Inverno
B - Gomo de Algodão
C - Ponta Verde
D - Saída das Folhas
E - Folhas Livres
F - Cachos Visiveis
G - Cachos Separados
H - Botões Florais Separados
I - Floração
J - Alimpa
K - Bago de Ervilha
L - Cacho Fechado
M - Pintor
N - Maturação